Esta foi a mensagem que ficou da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas (CRPM), a que a CCDR LVT I.P. pertence, exercendo o cargo da primeira vice-presidência de uma das suas 6 Comissões Geográficas, a Comissão do Arco Atlântico (CAA).
A CRPM é um organismo de cooperação inter-regional que integra mais de 150 regiões de 24 países, Estados-Membros da União Europeia e não só, agregando cerca de 200 milhões de cidadãos europeus.
Comemorando o 50º aniversário de trabalho em prol dos interesses das regiões membro, realizou a sua 51ª Assembleia Geral e a Sessão Plenária da CAA no Palais du Grand Large, em Saint Malo, onde nasceu a 28 de março de 1973.
Para as comemorações foram convidados os anteriores Presidentes que refletiram sobre o passado e deixaram mensagens de futuro.
Nos vários painéis, que decorreram entre os dias 15 e 17 de novembro, foram inúmeras as intervenções, e participaram personalidades relevantes das Instituições Europeias. Estas reconheceram o valor desta organização e a importância da sua dinâmica, em particular para a coesão, e em geral na evolução das políticas Europeias. No dia 18 de novembro foi organizada uma visita ao Mont Saint Michele para dar a conhecer um dos ícones regionais.
Estes dias foram ainda o palco da eleição do novo Presidente da CRPM, Mr Loïg Chesnais‐Girard, Presidente da Região da Bretanha. Sendo esta uma das regiões do Arco Atlântico, ficou a expectativa de um especial interesse por esta frente marítima, a que a Região de Lisboa pertence e ficou clara a garantia do apoio à criação de uma Macro-região do Atlântico.
A CCDR LVT I.P. assegurou presença nas diversas reuniões de trabalho e na votação da Declaração Final, uma manifestação política dirigida já às novas Instituições Europeias, após as eleições de 2024.
Esta declaração enfatiza a urgência de atribuir maior e mais clara participação das Regiões nas decisões e no desenho das políticas e dos fundos, e mais coesão entre os membros. Salienta, nomeadamente a importância do investimento num sistema de energia e transportes sustentáveis e resilientes às alterações climáticas, num roteiro para um verdadeiro “acordo azul” centrado nas regiões, e ainda, um impulso nas estratégias macrorregionais emergentes (Atlântico e Mediterrâneo) e bacias marítimas. Defende ligações mais fortes com os programas INTERREG e o aumento do orçamento futuro, facilitando sinergias com programas convencionais, mas também, o incentivo à cooperação em especialização inteligente, a melhoria da governação multinível, o envolvimento de países não pertencentes à UE, a exploração de como apoiar as novas relações UE-Reino Unido e o reforço da comunicação para maior visibilidade.